quarta-feira, 21 de setembro de 2011

Capítulo VII - Descobrindo o livre-arbítrio

O livre-arbítrio é a característica mais contundente do ser humano. Em algum momento antropológico, quando esta espécie singular entre os seres viventes deste planeta descobriu que podia optar entre várias ações, começou-se a construir a História. Todos os fatos, conhecidos ou não, são decorrentes do livre-arbítrio, narrados em verso e prosa; pelo poeta português, Luís Vaz de Camões, na epopeia Os Lusíadas, que narra os atos heróicos dos portugueses em aventuras pelo misterioso mar, dobrando o Cabo da Boa Esperança e descobrindo um novo caminho para as Índias, pelo poeta épico grego Homero, em seu poema Odisseia, que narra a volta de Ulisses, herói da Guerra de Troia, à sua terra natal, Ítaca, depois de 10 anos; ou mesmo nas narrativas religiosas, onde, no Genesis bíblico, Adão, ao provar o fruto da árvore proibida, adquiriu a consciência da existência do Bem e do Mal, e a partir disso, a ciência da escolha, da livre opção por trilhar pelos caminhos possíveis.

A descoberta do livre-arbítrio foi sedimentada definitivamente na alma de Claraluz, quando ela decide romper com as imposições aristocráticas de sua família, encarnadas principalmente por sua mãe, Gertrudes, uma socialite do Leblon, no Rio de Janeiro, e por fim ao seu noivado com o médico endocrinologista Paulo Barretto de Lucena, conhecido por Barretto, filho de um poderoso empresário da indústria naval, o barão Humberto de Lucena, moradores da Urca. Claraluz percebeu que só poderia viver o seu sonho pessoal, singular e único se caminhasse com suas próprias pernas, e guiadas pela sua consciência emocional e afetiva.

As escolhas, qualquer que sejam, produzem resultados. E qualquer escolha exige algum tipo de renúncia, resultante da limitação temporal e espacial do indivíduo. A opção de escolher o caminho dos sonhos convergem a um mesmo resultado, seja para os heróis portugueses de Camões, seja para Ulisses e os gregos de Homero, seja para Claraluz, uma médica que amava a poesia, a música, as artes em geral e o amor, ou seja para cada um de nós, que enxerga o seu sonho e aposta todas as fichas nele, renunciando a qualquer caminho que não seja ao dos nossos sonhos.

Mas uma escolha individual sempre incidirá num raio que extrapola, em muito, as fronteiras singulares do indivíduo. Uma espécie de "efeito-borboleta" ocorre a partir da ação de qualquer um de nós, resultante do nosso livre-arbítrio. O livro "Claraluz e o Poeta", em suas inevitáveis entrelinhas, propõe também a uma reflexão aos nossos sonhos e ao livre-arbítrio. Se descobrirmos que a vida passa a ter sentido quando buscamos vivenciar nossos sonhos, passaremos a entender o livre-arbítrio como uma ferramenta de libertação do nosso eu, da nossa psique.

OBS: Leia o texto abaixo, que contém um trecho do Capítulo VII. Clique no ícone com 4 setas, no canto inferior direito do texto, para ler em tela cheia.

quinta-feira, 8 de setembro de 2011

Comemorando Setembro

Vou me permitir, com a licença de Izabela Carvalho, Luana Borges, Vanessa Lima, Juliana Álvares e Pedro Melo, integrantes da nave 4eUm Digital Marketing (www.4eum.com.br), empresa que gerencia a divulgação digital de Claraluz e o Poeta, mudar um pouco a sequência de postagens. O acordo entre nós foi de postar um trecho de um capítulo, sequencialmente, a cada semana. Mas dois motivos fizeram que eu alterasse o rumo desta rotina que estabelecemos.

O primeiro, é que ficou importante publicar os textos depois da revisão gramatical e ortográfica, que está sendo realizada pelo revisor Geraldo Ganzarolli, que neste momento está debruçando e peneirando as palavras, frases, estrofes e pontuações, a fim de deixar Claraluz e o Poeta perfeito para a leitura sadia, sem atropelos gramaticais, mas sem deixar fluir nos textos a liberdade das variações literárias em torno da rigidez das regras ortográficas. E o segundo, como prometi, é finalizar Claraluz e o Poeta neste setembro de tantas esperanças, expectativas e sonhos.

E por isso, decidi postar algo diferente do rotineiro. Para comemorar este setembro tão especial, resolvi selecionar o trecho que motivou a publicação de Claraluz e o Poeta, antes mesmo de estar pronto, e que, graças a este texto, este romance provocou paixões em muitas pessoas, de variados lugares e de naturezas diferenciadas, e indo até além das fronteiras brasileiras, indo parar nos Estados Unidos, Portugal, Itália, Alemanha, Suíça, Argentina e Uruguai, por enquanto.

Este trecho abaixo foi publicado em novembro do ano passado, no mural de uma amiga (cujo nome não revelarei, por razões da privacidade dela), no Facebook, e foi publicado porque, ela sendo minha amiga antes de nos tornarmos amigos facebookianos (ou como diria minha amiga Sara Soares de Oliveira - crítica literária da obra, feicebuquianos), fazia-me conhecer particularidades da sua vida. Depois de ver o seu álbum de fotos, tomado pela emoção daquelas imagens, achei que, em nome do amor que a ele ela dedicou-se, assumiu e enfrentou adversidades, o trecho do livro cair-lhe-ia como luvas. Publiquei, e quando várias pessoas - entre elas a minha querida amiga Alice Okawara, ilustradora de Claraluz e o Poeta - descobriram o texto, descobriram também, por trás dele, um belo romance, que incendiariam almas com a energia do mais belo amor romântico.

E este texto é parte das conversas que Claraluz e Mandel tiveram, quando se conheceram pela internet, através do Messenger. Os nomes vem na frente, reproduzindo uma janela destas dezenas de Messengers que tem na rede, como o msn. E assim, depois de Claraluz ter questionado Mandel sobre o seu suposto ateísmo, ele a devolve com uma maravilhosa expressão poética, saída dos seus mais longiquos rincões da sua paixão por Claraluz. Naquele momento, o amor explode.

Mauro Brandão